Irremediável e perceptível, assim se encontrava. Suas palavras fortes e oprimidas agora saem pela chaminé da casa mal arrumada. Guarda-se cada vez mais para si, e para quem acredita merecer suas palavras agora tão escassas. Inerte, cada vez mais forte, se prepara para enfrentar as batidas mais contínuas, e joga suas palavras para debaixo do tapete, corroendo-o com o passar do tempo.
Ela guarda as palavras torpes para o café da manhã, e degusta a acidez das que não foram ditas à tarde. E essas são as mesma palavras que corroem seu âmago dia após dia, que desfazem seus tapete de ilusões, sem que uma súplica seja escutada. Seus pés se colam no chão a cada segundo. Suas mãos flutuam sem saber para onde ir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário