quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dos lençóis gelados, das estradas verdes

 

De longe pareço tão confusa, tão complicada. Por dentro, sou tão simples quanto uma criança que se alegra com as coisas mais banais. O cheiro de canela misturando ao açúcar e às bananas no forno, o cheiro de roupa recém lavada, do quarto limpo e fresco, da chuva fina misturando à terra. O gosto delicado do pêssego, o toque sutil das nossas mãos quando se esbarram , o cheiro do seu pescoço quando acaba de sair do banho. Gosto das duas da tarde, quando o Sol cor de caramelo invade minha janela, bate em minha pele e me aquece sutilmente, sem falar no que sinto quando me deito na cama, me cubro, munida de uma boa xícara de café ao lado, e leio por longas e deliciosas horas, até cair no sono sem hora para acordar. Me aqueço também quando penso em viajar pelas estradas mais verdes, com aquele vento batendo em meu rosto, ouvindo Death Cab For Cutie com um dos fones de ouvido, e esperando ansiosamente para chegar logo ao apartamento repleto de memórias e lençóis gelados e aconchegantes. Gosto daquele sofá antigo, de andar de mãos dadas com você pelas ruas de lá, de ir às lojas olhar, de imaginar como seria minha vida só contigo. Ao final de tudo, meus sonhos e minhas satisfações têm seu toque no meio, e seria mentira dizer o contrário. Você torna minha vida assim: simples, deliciosa e nada efêmera. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário