tão desproporcionalmente singulares
dispersas, fugazes
ocasionam suspiros perpétuos
ecoam retumbantes em meu peito
silenciosos medos de outros dias
As letras embaralhadas
caminhos curvos
passos soltos e sem rumo
a mente fluida, empática
flutua no éter da ignorância dos sentidos
Prefiro a verdade crua
aquela que desce arranhando cada poro
que rasga cada memória
que endurece o cerne
a resgatar lembranças inexistentes
verdades criadas
Enquanto meu caráter for real
a ficção vai ser caminho
entre páginas e linhas
eu me construo
me condenso
para então sair às ruas
sem coletes à prova de dor
sem anestesia
sem remédios
Ser é uma questão de permitir
a queda
inevitavelmente sua
imensuravelmente universal
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