sábado, 10 de abril de 2010

Forget About Everything And Runaway.


Enquanto meus dedos percorrem uma revista da semana passada, meus olhos se voltam para a multidão que me cerca. Olhares confusos, despreocupados, fixos no relógio de pulso. Testas enrugadas de preocupação excessiva, fiapos brancos de cabelos que emolduram um rosto sem expressão, uma face petrificada. Seus olhos continuam atentos, como se fossem feitos de vidro. Suas mãos ágeis se apertam de nervoso, suas bocas são mordidas pelos próprios dentes, suas mentes viajam para outra dimensão. Uma dimensão automática, sistemática, robótica. Onde a liberdade acredita ter sido reinventada – quando de fato não existe. São marionetes presas pela tênue linha do capital. Controlados por máscaras ocas, flutuantes. Queridos exterminadores da felicidade. 

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