terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Let The Flames Begin.



Acordo e olho para o lado, as cortinas brancas mesclando-se ao laranja acinzentado das labaredas que lhe consomem. As prateleiras, que antes estavam recheadas de livros, estão tão acesas e quentes como me encontro por dentro. O cheiro acre e poluído faz com que o quarto pareça uma torre medieval, onde tantos segredos já foram guardados. Três batidas na porta, três sussurros tão serenos quanto um sorriso despreocupado. As chamas me abraçam com força, engolem-me em poucos segundos, o que parece uma eternidade. O último suspiro é esperançoso.

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