Quem me navega é o mar
No silêncio do quarto quem manuseia o timoneiro da vida somos nós, sem titubear, algo quase estável. Agora, no mar, do lado de fora das cortinas, a vida mostra que realmente não tem cabelos que possamos agarrar para superar o medo - o que nos faz descobrir que ao crescer, retira-se os corrimãos da estabilidade e quanto mais a buscamos, mais a perdemos, e leva tempo para catar o fio em meio a tanta confusão. É esse o cerne de tudo: é preciso aprender a ser navegada pelo mar, não por nós o tempo todo. É preciso deixar um pouco os sentimentos que cegam de lado e aprender a lidar com todo tipo de situação, é preciso saber responder às perguntas de trás para frente, do meio para trás, de lado, de ponta-cabeça.
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