sábado, 19 de novembro de 2011

Não vou mudar

As coisas não andam bem quando fico olhando de minuto em minuto para ver se tem alguma ligação perdida no celular, embora eu jamais perderia alguma ligação, já que coloquei-o para tocar no volume máximo. Eu sei, estou sendo super protetora, mas é inevitável, queremos cuidar de quem mais amamos, e isso inclui um aviso recíproco de que o destino que fora planejado já foi alcançado. Juro, eu queria ser menos assim...Eu tento, me reviro na cama, leio, vejo filmes, estudo, saio com as amigas mais próximas, mas nada. É quase como ligar e ter certeza de que o telefone esteve o tempo todo à disposição, podendo ser usado a qualquer momento, sem defeito, sem problemas com sinal, com a certeza de que o meu não tocou não por falta do poder, mas por falta do querer. Sou do tipo que gosta de uma ligação de boa noite, cartas para preencher a gaveta, cheiro do seu perfume no travesseiro que abraço ao dormir. Sou desse tipo, o que não fica sossegada enquanto não escuta a voz que me tranquiliza, e o tempo pode passar longamente e não vou mudar mesmo, eu não quero, eu sei que alguém gosta de mim assim, do jeitinho que sou. Não vou mudar por ninguém, nem por mim. 

2 comentários:

  1. Não mude. E eu, particularmente, não cosigo imaginar a vida antes dos celulares e comunicação instantânea, como era possível amar sem ficar louco, ou algo do tipo...

    Sim, tudo escrito lá aconteceu mesmo, no mais só escrevo crônicas mesmo :))

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  2. Nós não necessitamos mudar a essência nunca, por ninguem.


    Sou igual a você dona Júlia.


    Um abraço carinhoso.

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