sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Risadas de inconsciência



Respirei aquele ar úmido e gelado, caminhei aos poucos, peguei o casaco que estava jogado no chão, fiz um café. Lembrei daqueles tempos onde eu me sentia livre e parecia tudo errado, tudo fora do lugar, tudo correto e misturado com as mais puras risadas de inconsciência. Então vi todos os rostos dentro da xícara de café e respirei mais fundo ainda. Ainda não estou congelada, pensei. E continuei minha jornada de espera, de entusiasmo e algumas vezes de falta. Nesses tempos mais frios, eu sinto falta de adrenalina, de segredos. Tudo está muito transparente, eu estou com letreiros na testa, pedindo para ficar um momento sozinha. E ninguém escuta, mas dentro, bem no âmago, estou mais só do que se eu pudesse ficar realmente. Não é triste, é momentâneo. Saio e entro no transe assim que der vontade, assim que puder. 

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