Percorri os corredores extensos e parei. O vento soprou,
veio por trás, e bagunçou meu cabelo todo, e eu ri. Não sei exatamente por que
ri, se ri com verdade, mas aquilo me doeu. Doeu bem no cerne, que já estava
anestesiado. Me arrastei até a parede, encostei e deslizei por ela até chegar
ao chão. Imaginei a cena auto destrutiva, o símbolo da minha auto mutilação
psicológica. E ri novamente. Mas foi um riso de desprezo, de angústia, foi meu
momento de epifania. Você não é para mim, não somos para nós, não somos de
ninguém. E fim.
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