quarta-feira, 24 de abril de 2013

Pertencimentos e divagações febris de uma cólera reparável

 É a procura por um eu que não se materializa. Se eu tivesse respostas para perguntas que nunca fiz, se eu conseguisse respirar levemente, se eu pudesse mudar o rumo da correnteza e trazer as possibilidades de volta pra mim...Agora só me resta desse dia o gosto do café amargo, o tilintar das colheres sobre a bancada de madeira, e a meia-luz que me aquece por dentro. Eu ainda estou quente, mas dói. Dói e rasga meu peito em duas partes que não se encontram mais. E eu preciso procurar meu outro eu, antes de procurar alguém pra chamar de meu. Mas ninguém pertence a ninguém...Nem eu a mim.

Um comentário:

  1. Deixe que o córrego do rio suga seu rumo.Já o café amargo,aos poucos verá que ele é melhor do que sem açucar.

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