segunda-feira, 6 de maio de 2013

Leminskizando

Sobre a mesa, duas flores amarelas. Flores simples, daquelas roubadas do jardim do vizinho. Um café bem quente, sem açúcar, e uns biscoitos amanteigados no pires de porcelana. A cama bagunçada, a janela aberta, cheiro de tempo eterno. O livro marcado na página dobrada ao meio, que dizia:

"quando eu vi você
tive uma ideia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante

basta um instante
e você tem amor bastante"

Naquele momento, entendi que o maior amor do mundo era aquele que vem de dentro e não pede licença. Amor bom é aquele que deixa ir, aquele que cuida, que respeita, que não sufoca.E nunca deixei de acreditar que ele existia. Nem um só segundo. 

Um comentário: