segunda-feira, 21 de abril de 2014
Um segundo a mais
O sol entrava pela porta e se apresentava, radiante, sobre nossos corpos nus e entrelaçados. O cheiro de suor era fluido e fazia com que meu corpo se contorcesse para perto do seu mais um pouco. Mãos, pés, barrigas, bocas, línguas, mentes, girassóis e vinho. Ainda havia areia entre meus dedos, havia gosto de álcool na minha boca, eu podia ver o farol alto vindo em nossa direção, podia sentir seu corpo sobre o meu, seus dedos entre meus cabelos, seu olhar deslizando sobre meu rosto, sua música penetrando em meus ouvidos, assim como o barulho das ondas preenchia meu ser. Era um dia. E não mais um dia. Era uma dádiva.
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